sexta-feira, 8 de novembro de 2019

RECART - uma visão inovadora

Aviso desde já que a temática do RECART dava só por si para um blogue só dedicado ao assunto. 

Vou tentar acompanhar a situação na medida do possível. É só que enquanto falo do RECART, não estou a falar de assuntos mais interessantes como, PROJ4 no Android, visualizar ATOM do INE no Street View, ou a dissecação das licenças de software de código aberto utilizadas, por exemplo, pelo Arc Pro, ou pelo Smart Client.


Foi barato: 3.800 EUR. Até a minha colecção de discos de vinilo vale mais!

Continuando,

Não vou falar de exactidão posicional, ou de Erro Médio Quadrático. Isso é mais do mesmo,

Fica apenas a ideia de que estas especificações obviamente se adequam a aquisição de dados em ambiente SIG. É bom para o Summit Evolution. O polígono sai logo fechado! Poupa-se na posterior edição de dados. E isso é mau para a venda das ImageStation!

E não há monos! No dicionário de objectos do RECART existe um Tema:

mas não há nenhuma referência a pontos de recolha de monos. É o futuro hoje! Só Ecoponto. Tem o valor 5:

"Área onde se encontram localizados um ou vários contentores para recolha de substâncias diversas, como lixo orgânico, vidros, plásticos ou produtos químicos bem identificados."

Mas nas "substâncias diversas" não há referência a electrodomésticos. Acho que seria uma adição interessante.

O que é estranho até porque mantiveram a Alminha. É logo o valor 1 (os valores, a nova nomenclatura, estão por ordem alfabética) do Tema Construções [06.04] Ponto de interesse:

"Pequeno monumento na berma dos caminhos ou das estradas assinalando à[s] pessoas que passam as almas do purgatório ou lembrando a memória de pessoas que ali tenham falecido.

Um reparo. Não é às pessoas que passam. É aos Católicos que passam. Só nós é que acreditamos na existência do purgatório.

Falta um pouco de inspiração ecuménica nestas novas, e também nas anteriores, Especificações Técnicas.

Para ganhar um pouco de perspectiva vamos dar uma vista de olhos pelo Open Data do Ordnance Survey (UK), o qual está quase a fazer 10 anos,


Por exemplo, OS Open Zoomstack, mas poderia escolher outro,






As especificações técncicas têm 17 páginas, incluindo a definição de QUATRO estilos cartográficos e o Dicionário de Objectos.


Ou seja. Primeiro fazem para o Reino Unido inteiro. Depois disponibilizam gratuitamente. E depois logo pensam nas especificações técncicas a disponibilizar ao público.

Há 10 anos a comparação até poderia parecer injusta, mas agora já não há desculpa. Já tiveram tempo. E não é a aprimorar o modelo de dados em PostGIS que a cartografia aparece feita.

De qualquer forma, depois vamos ter coisinhas deste nível? Gratuitas já sei que não. Mas pelo menos, cobertura nacional, e com bom aspecto?

Ou é para continuar a utilizar mapas de base HERE, Bing, Google, ESRI, ou OSM? Que é o que tenho andado aqui neste blogue a demonstrar que tem sido feito  pelas APs, e que continua a ser feito?

















 

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