quinta-feira, 16 de maio de 2019

O SIG de fato e gravata tem futuro?

Aqui, por SIG de fato e gravata estou-me a referir aquele conceito em que, por exemplo, um político vai receber um prémio de excelência pelo seu belo SIG (já passou a barreira dos 100k, já dá direito a prémio).

Estou-me a referir aquele conceito em que os encontros/seminários de utilizadores estavam pejados de empty suits. Cheguei a ver no YouTube o presidente do munícipio onde moro num desses eventos.

Estou-me a refererir, por exemplo, quando andaram a vender geo-portais em Flex (quando o Flex já estava descontinuado). Quando andaram a configurar serviços de  mapas-base em WGS-84 (quando também já estavam descontinuados), e o natural seria configurar em Web-Mercator.  

Reparem que isto não tem nada a ver com qualquer quezília prorietário vs open-source. 

O que não falta por aí são empresas "semi-públicas" (se os accionistas são autarquias acho que a adjectivação está correcta) especialistas em "fechar" open-source (às vezes ainda sai mais caro do que o proprietário).

E depois acontecem situações como a "gestão de ocorrências" que passam completamente ao lado dos players tradicionais. Podera. Com projectos a serem arrematados por menos de 5k.

Ou como os software para sistemas de abastecimento de água em baixa com financiamento limitado a 30k (despesas com IVA não elegíveis), comparticipados a 85%. Sai mais barato que uma fotocopiadora!

E como tal vão ligar tanto aquilo como a uma fotocopiadora. Dos projectos que já completaram o prazo de "garantia" de 3 anos, quantos é que foram para a recarga? Dos realizados em 2015, 2016? Pois.

A imposição de um limite de 30.000 Euros evitou que houvesse exageros, tendo até o efeito de obrigar empresas que utilizam software proprietário a baixar os preços, para poderem sequer ir a jogo.

Note-se que quem baixou preços numa lógica de angariação de clientes com vista à manutenção de relações comerciais de longo prazo, desconhece um pouco a forma como funcionam, e às vezes acabam, projectos que existem exclusivamente por terem sido co-financiados.

Por exemplo, o software só poder ser utilizado para o fim para o qual há financiamento, neste caso, eficiência energética - Controlo e Redução de Perdas nos Sistemas de Distribuição e Adução de Água. Até poderiam instalar lá o PDM que certamente a Gestão Urbanística não iria utilizar o computador do Serviço de Águas.


A natureza one shot dos projectos

Enfim, desde que a Gatewit foi corrida das plataformas de contratação pública em 2016, o mercado está muito mais agilizado. Dantes, quase que era preciso ter um departamento inteiro de prevenção, só para poder ir a jogo.
     


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