domingo, 7 de abril de 2019

A empresa sueca da gestão de ocorrências

Como alguns de vocês sabem, no âmbito do Portugal2020, houve bastante financiamento para projectos de gestão de ocorrências de disponibilização ao público
.
Ou seja, o cidadão vai a uma App Store, descarrega a APP de uma determinada autarquia,  tem um mapa onde insere uma ocorrência, por exemplo um buraco na estrada, ou um banco de jardim danificado, e a autarquia vai logo resolver a situação.

Reparem que isto basicamente é um mapa ligado a uma base de dados de POIs. Nem é sequer necessário utilizar extensões espaciais,...muito menos conectividade arco-ponto!! . Vide por exemplo os tutoriais de desenvolvimento do Google Maps, que sempre utilizaram MySQL sem extensões espaciais. Estou-me a lembrar do Store Locator.

Mencionei o Google Maps porque de facto é o que foi utilizado por todas as Apps que vi, e já vi bastantes, incluindo as poucas das quais participei do desenvolvimento (felizmente não fui pago à unidade!).

E mencionei ainda por outro motivo. Estes projectos ocorreram na sua maioria antes de Julho de 2018, altura em que a Google alterou o "tarifário". Logo, quem desenvolveu aplicações híbridas (aplicações em HTML+JavaScript, embebidas numa WebView, multi-plataforma, normalmente desenvolvidas com Cordova, Phonegap, Ionic, ou uma tecnologia dessas), se não tiver transferido o custo de licenciamento do Maps para o cliente (a autarquia), apanhou um susto.

Ou não. Tendo em conta que passados em alguns casos 3 anos, ter menos de 20 downloads numa APP Store, não é caso para grandes alarmes (reparem no total conflito de interesses entre a empresa para quem, quanto menos melhor, e a autarquia, para quem, quantos mais downloads melhor, mais prestígio, mais votos!).

Quem utilizou React-Native-Maps, que depende directamente do Maps SDK for Android e do Maps SDK for IOS, não tem que se preocupar porque estes SDKs não têm limites relativamente ao número de map views, ... por enquanto!

...Houve até startups a meterem-se nisto, utilizando o chavão das Smart Cities... se bem que não estou a ver empresas que se rotulam de startups, a terem como modelo de negócio... vender à administração local. É preciso que o negócio seja escalável!!

Mas o caso mais interessante foi mesmo o da empresa sueca, que segundo as minhas contas, foi a que assinou mais contratos em todo o País... apesar do sueco que assinou os contratos ter dado como residência, Avenida da Liberdade nº 234-4 em Lisboa - é o Luxury Suites, um hotel boutique!!! Veni vidi vici !!!

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